O Instituto de Estudos Latino-Americanos
É inegável o despertar da mobilização política e da luta social na América Latina. De maneira inédita, tais mudanças exigem a produção de um pensamento próprio, não colonizado, portanto, crítico e original. Descobrimos no Brasil que também somos latino-americanos, ainda que com uma certa inconsistência. Mas isso não impediu que, aos poucos, a universidade brasileira fosse criando núcleos ou fragmentos de reflexão sobre Nuestra América e que sindicatos, partidos políticos e outras organizações também se interessassem por nosso destino comum.
A UFSC já reúne talento o bastante e iniciativas de importantes grupos de pesquisadores que se dedicam ao estudo e à transformação da região latino-americana.
Precisamente para qualificar este processo foi criado o IELA: INSTITUTO DE ESTUDOS LATINO-AMERICANOS.
Com a reunião de projetos distintos, o IELA representa uma potente organização de pesquisa, ensino e extensão, dedicada ao conhecimento da realidade da América Latina e ao deciframento de suas contradições.
Página na Internet:
As Jornadas Bolivarianas
As Jornadas Bolivarianas são encontros anuais dedicados a análises da vida política, econômica e cultural dos países latino-americanos, que permitem a formulação e disseminação de análises teóricas críticas, voltadas para a superação dos elementos estruturais que perpetuam a dependência e o subdesenvolvimento no nosso continente.
Para além das tentativas recentes de integração, podemos observar que subsiste certa resistência ao estudo e à reflexão sistemática sobre os países da região e seus principais problemas.
Tal situação obedece, obviamente, à lógica do eurocentrismo que domina as ciências sociais em todo o terceiro mundo, e é particularmente forte no Brasil.
Assim, as Jornadas têm a função de divulgar o pensamento próprio que as ciências sociais já conquistaram em períodos anteriores, e que em grande medida foi desconsiderado entre nós tal a influência do eurocentrismo e do colonialismo.
Além disso, procuram refletir, com destacados cientistas sociais da América Latina, a tradição científica e os novos desafios políticos e intelectuais que a realidade dramática de nosso continente está exigindo.
Esta ruptura é, portanto, a condição necessária para o desenvolvimento de um pensamento próprio, sem o qual não será possível superar a condição de periferia que marca a nossa formação social.
Essa é uma tarefa urgente, favorecida pelas condições sociais e políticas dominantes na América Latina que exigem uma reflexão crítica capaz de dar respostas aos grandes problemas com os quais nos defrontamos em todos os países da região.
Página na Internet:
http://jornadasbolivarianas.blogspot.com.br/

